Saiba qual o papel da inteligência emocional no Marketing

Redação |6 de outubro de 2021

Todo mundo tem pelo menos uma história de algo que comprou por carisma do vendedor ou por identificação com a marca. Nessas horas o emocional pode contar muito, principalmente quando existe algo que faça estabelecer uma conexão entre o consumidor e a empresa. E é por isso que as técnicas de inteligência emocional (IE) no marketing surgem, ou seja, para ajudar a engajar clientes e até mesmo fidelizá-los.

A jornada em prol da IE exige, sobretudo, autoconhecimento, empatia e gestão de relacionamentos. Com os três pilares firmados, é possível explorar todas as ferramentas que essa estratégia pode oferecer dentro do escopo do marketing. Para entender melhor sobre o tema e saber como aplicá-lo na sua empresa, acompanhe o conteúdo a seguir.

Inteligência emocional no marketing

O termo inteligência emocional não é recente, pois ele existe desde a década de 1960, momento em que o conceito começa a ser explorado na psicologia. Desde então, amplia-se o debate sobre os tipos de inteligência, até que em 1983, com Howard Gardner, ela começa a tomar forma.

No final dos anos 1990 e no início dos anos 2000, Daniel Goleman amplia a proporção da temática, fazendo com que a inteligência emocional fosse reconhecida como uma habilidade específica. É a partir da publicação de seu livro “Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser”, em 1995, que o jornalista emplaca o conceito na opinião pública.

Desde então, a IE tem sido explorada em seus mais variados segmentos, inclusive no marketing. Entretanto, é impossível falar do assunto sem pensar sob a perspectiva do marketing de propósito. O conceito destacado fala sobre uma “causa” adotada por uma empresa, razão que embasa os valores internos e, consequentemente, a comunicação com o público-alvo e clientes.

Ou seja, para dialogar com o consumidor na perspectiva do emocional, é preciso criar formas de construir esse canal de comunicação – e o propósito é uma ótima forma de implementar isso. Pesquisas de mercado indicam, inclusive, que a população entre 18 e 35 anos são mais propensas a comprar de marcas que reforçam sua identidade pautada em uma ou mais causas.

Benefícios da prática para a empresa

Criar uma imagem empática é um dos maiores benefícios de mergulhar nas estratégias de inteligência emocional. Mas os pontos positivos não param por aí. Para além da identidade, a empresa com estratégias baseadas na IE conseguem conectar-se aos clientes de forma mais assertiva e mais pessoal. Isso rompe de certa forma a impessoalidade que os processos automatizados podem criar.

Segundo a Opinion Box, uma empresa de pesquisa de mercado, grande parte dos usuários da internet com idade superior a 16 anos acredita que as empresas devem dar espaço para causas sociais em seus discursos. Entre os temas elencados como passíveis de serem abordados, estão:

  • Combate à fome e pobreza (58% de votos);
  • Sustentabilidade (53% de votos);
  • Luta contra a violência às mulheres (53% de votos);
  • Igualdade racial (49% de votos).

Vale reforçar que transparência e coerência são fatores fundamentais para se ponderar antes de assumir uma causa como pauta da empresa. Isso é um fator observado pelo público e que pode implicar em “cobranças” por parte deles caso os negócios caminhem na contramão dos valores disseminados.

Cada marca pode (e deve) ponderar qual o melhor propósito para assumir para si ao longo da jornada. Dessa forma, a missão e as ações ficam em consonância, criando uma imagem uniforme.

Como usar esse recurso para vender?

Agora que você já sabe a importância da inteligência emocional na dinâmica da empresa, vale acompanhar dicas de como usar essa ferramenta nas vendas. E mais uma vez, a chave para o sucesso está no cliente, ou melhor, em conhecer o cliente.

Primeiro de tudo: saiba aonde quer chegar

A regra número um de qualquer ação é planejá-la em detalhes. Observe qual é o segmento que deseja otimizar (engajar usuários, avançar no funil de vendas, popularizar a marca) e direcione sua atenção para ele.

Para cada setor, existe uma determinada demanda, por isso é preciso analisar de forma individual e então pensar em estratégias específicas. Por exemplo, para aqueles que buscam reconhecimento de uma empresa, o ideal é encontrar formas de tornar um conteúdo atrativo para ser compartilhado e que fomente interação.

Já a marca que quer reforçar a fidelização do cliente, deve procurar nutrir a relação com ele de forma assertiva e pessoal, pensando nos hábitos de consumo dele e nas demandas demonstradas no perfil de compra.

Conheça seu público

Como mencionado, saber o perfil do cliente é indispensável para qualquer ação. Neste caso, é preciso observar aspectos como perfil psicológico das pessoas, de modo a captar qual a linguagem que melhor conversa com cada uma delas, quais são os valores, as angústias e metas desses consumidores.

Somando isso aos dados como localização, hábitos de consumo e outras informações coletadas fica mais fácil criar uma base sólida sobre o cliente. Há ainda o mapa da empatia, que deve questionar coisas como: o que ele escuta, vê e sente/pensa? Quais são as dores e objetivos?

Nutra a relação com cada um deles

O engajamento pode usar de diversas táticas dentro do universo das emoções. Após catalogar todas as informações necessárias sobre o público, é possível começar a traçar estratégias mais elaboradas sobre o tom da comunicação e as formas de chegar até cada consumidor.

Em muitos casos, o humor deve ser uma boa alternativa para conectar-se à pessoa. Já em outras situações, o melhor a se fazer é falar sobre as dores do cliente e apresentar-se como uma solução para isso. Essas e outras estratégias, como fomento de esperança, estímulo da curiosidade e conversa divertida podem ajudar a criar e nutrir essa relação.

Trabalhe as metas dentro da empresa

A coerência deve prevalecer em todos os âmbitos da empresa. Se a estratégia emocional foi escolhida como um caminho a ser seguido, então os valores e propósitos devem estar alinhados em todos os segmentos. É preciso trabalhar a empatia, a gestão de relacionamentos e a autoconsciência entre todos os funcionários.

Difundir a ideia dentro do espaço corporativo e motivar cada colaborador para que eles fortaleçam essa estratégia é uma boa maneira de garantir que o discurso será único e compreenderá a empresa de ponta a ponta.

Dessa forma, a inteligência emocional no marketing consegue transcender o objetivo único e exclusivo de vendas e passa a permear a lógica das relações internas e externas de uma marca.

Conheça outras estratégias de marketing no blog da Flowsense e fique por dentro de dicas variadas para o seu negócio.

Links

https://rockcontent.com/br/blog/inteligencia-emocional/

https://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2016/11/29/causas-sociais-sob-a-otica-das-empresas-e-do-publico.html

https://www.consumidormoderno.com.br/2021/06/04/marcas-causas-sociais/

https://www.salesforce.com/br/blog/2020/07/inteligencia-emocional-no-marketing.html

https://noticias.gs1br.org/marketing-de-proposito-o-que-e-e-como-aplicar-na-empresa/