Teste de usabilidade: a chave para melhorar a experiência do usuário

Redação |22 de dezembro de 2021

Quem está por trás da criação de um aplicativo sabe que nem tudo é o que parece. Algo que pode ser super descomplicado de acessar para um programador, também pode ser bem difícil de navegar para um simples usuário. É por isso que existem ferramentas como o teste de usabilidade, que conferem um feedback útil para alcançar um nível de usabilidade satisfatório em uma plataforma.

Os resultados devem contribuir para que um app ou um site entreguem a melhor experiência possível para um usuário. Assim, a navegação e a realização de tarefas, por mais simples que seja, podem ser feitas sem percalços. Confira a seguir detalhes sobre a prática e como usá-la na sua plataforma.

O que é e qual o objetivo do teste de usabilidade?

Para entender melhor do que se trata o teste, vale pensar na seguinte frase: a ideia é boa, mas a execução nem tanto. Muitas vezes, uma ferramenta interessante ou uma reformulação no design do app parece ser muito atrativo. No entanto, na hora de implementar, a realidade pode encontrar barreiras de navegabilidade.

O problema se intensifica à medida que uma marca tem como público-alvo um segmento que não tem expertise na web (pessoas mais velhas ou que não têm o hábito de navegar em aplicativos, por exemplo). Por isso, é preciso ter em mente que uma interface deve conciliar o útil com o agradável – mas a prioridade deve ser sempre a facilidade.

Tudo isso diz respeito a um conceito bastante conhecido no marketing, a UX, ou user experience. Na tradução literal, isso significa ‘experiência do usuário’ e é um indicativo relevante para entender a relação do consumidor com o produto/serviço oferecido e como ele é apresentado.

Retomando a ideia inicial, o que é fácil para um, nem sempre é para outro. Por isso, o teste de usabilidade entra em cena para avaliar quão funcional é um software ou uma ferramenta. Ele pode ser feito de várias maneiras e se divide em ramos de aplicação, pois promete avaliar diferentes tipos de demanda.

Outro insight que se pode ter a partir de um teste, é a observação do comportamento das personas. Este elemento é determinante na hora de pensar estratégias, seja dentro do aplicativo na interface ou na hora de fazer a comunicação com ele.

Como melhorar a experiência do usuário

Ter feedbacks é sempre valioso. Analisá-los para criar estratégias mais assertivas é mais importante ainda. Apesar de tais premissas resumirem o benefício do exercício em questão, isso não é tudo, pois ele ainda ajuda a:

  • observar a navegabilidade;
  • analisar a interação do usuário com a plataforma;
  • pontuar as dificuldades que ele pode vir a ter;
  • contar o tempo que ele passa no app;
  • entender a efetividade das estratégias implementadas.

É válido ressaltar que quem programa, acaba ‘viciando o olhar’ para aquilo que está em desenvolvimento. Dessa forma, é natural que tudo seja muito intuitivo para quem está nos bastidores. Por isso o teste de usabilidade surge justamente como um tira-teima para a equipe no backstage.

Por fim, esse também é um momento de estar próximo do consumidor ou usuário. As dicas angariadas podem ser utilizadas em diversos aspectos, desde a programação até a elaboração de estratégias. Afinal, mais importante do que ter boas ferramentas, é ter ferramentas funcionais e que dialoguem exatamente com a necessidade do cliente.

Quando realizar a avaliação

Realize o teste sempre que necessário, mas sobretudo no desenvolvimento e na pós-produção. Ele será um indicativo a cada reformulação (de função, interface, proposta) e deve responder à pergunta: estamos no caminho certo com essas decisões?

Neste sentido, ele se faz bastante interessante durante o desenvolvimento inicial, na fase de brainstorming e de protótipo, pois acaba criando uma espécie de versão beta que avalia concepções iniciais. Posteriormente, quando tudo estiver se encaminhando para o fim e consequentemente quando os olhos já estiverem super acostumados, ele vai indicar algo que pode passar despercebido.

Também a cada mudança, ele vai servir como uma segurança de que aquela decisão é realmente um bom caminho. Mudar uma aba de lugar pode causar mais impacto do que se imagina, por exemplo.

Teste funcional vs. teste de usabilidade

Uma questão que pode deixar dúvida na hora de considerar essa ferramenta de avaliação é: teste de usabilidade é a mesma coisa que teste funcional? A resposta é não, não é. Os dois servem para analisar a efetividade de algo dentro de um software, mas caminham praticamente para lados opostos.

Enquanto o teste funcional, ou caixa-preta, versa sobre um exercício feito dentro do próprio núcleo de programadores, o teste de usabilidade pede necessariamente por pessoas de fora da equipe, geralmente usuários em potencial.

O primeiro módulo, executado por profissionais, precisa ser realizado para conferir se há falhas em partes técnicas. A boa notícia é que hoje já existem mecanismos automatizados para realizar essa análise. O segundo, por sua vez, precisa de algo menos técnico e mais qualitativo.

Dicas de como produzir e aplicar os testes

Basicamente, é possível realizar a avaliação de forma moderada ou não. Se a empresa optar pela primeira opção, ela precisará ser realizada de forma presencial, dentro de uma sala com um ambiente preparado para receber os participantes. É um processo menos mecanizado e proporciona um contato mais próximo com quem está realizando o teste.

Geralmente o método moderado agrega entre 5 e 10 pessoas – que serão observadas de forma individual – e pode conferir resultados mais voltados para a análise do comportamento de consumidores e usuários.

Para aqueles que buscam uma grande quantidade de dados, processos mais automatizados e mecânicos, o método que sai do escopo do moderado é o ideal. Neste caso, ele pode ser realizado de forma remota e precisa obrigatoriamente usar programas que vão auxiliar na observação da jornada da pessoa dentro do app.

A partir dessas informações, já é possível criar um panorama mais robusto da atividade a ser desenvolvida. Para prosseguir com o teste, vale pensar em quatro aspectos: ponto de partida, planejamento, ação e análise. Confira em detalhes:

Etapa 1: ponto de partida

Antes de agir, faz-se necessário entender o que movimentará a ação. Ou melhor, entender o que será avaliado. A navegabilidade? A usabilidade de uma nova ferramenta? Quanto tempo alguém leva para concluir uma tarefa? Tudo isso precisa ser considerado para chegar a um objetivo que deve conduzir os testes.

Etapa 2: planejamento

O planejamento é uma parte ampla, na qual pede a seleção de quem será o responsável por avaliar o teste, quem serão os voluntários para a pesquisa e como isso acontecerá (de forma remota, moderada, qual tipo de teste e eventualmente quais programas serão usados). Por isso, a segunda etapa precisa de bastante tempo e dedicação, para deixar tudo nos conformes para a hora de realizar a pesquisa. Neste sentido, vale trazer alguns tipos de teste que podem ser considerados:

  • Teste beta;
  • Teste A/B;
  • Avaliação heurística;
  • Teste de primeiro clique;

Eles entregam resultados diferentes para demandas diferentes, mas todos passam pelas mãos do usuário.

Etapa 3: ação

Quando tudo estiver organizado, convoque as pessoas para o dia de testes ou faça um contato virtual para a realização dele. Não se esqueça de criar um material robusto com informações sobre o aplicativo, a empresa e o objetivo do teste. Quando a avaliação observar a desenvoltura de uma tarefa, descreva a ação desejada com todos os detalhes possíveis.

Etapa 4: análise

A parte da leitura de resultados é a mais importante e a mais séria, pois ela demanda uma expertise da equipe para interpretar os dados. Saiba criar planilhas, métricas e parâmetros que possam ser efetivos na hora de entregar informações claras e assertivas para a equipe que vai avaliar os resultados.

Recapitulando

O teste de usabilidade é uma estratégia super ampla, mas super completa. Ela é uma excelente aliada para as empresas, pois praticamente ensina como melhorar a experiência do usuário. Dividida em quatro etapas, ela pode ser decisiva para avaliar grande parte das decisões relacionadas aos softwares e à percepção do público.

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Links: 

https://www.devmedia.com.br/testes-funcionais-de-software/23565

https://clevertap.com/blog/usability-testing/

https://kinsta.com/pt/blog/testes-de-usabilidade-de-sites/