Saiba tudo sobre Geolocalização

Victor Lira |30 de janeiro de 2020

A geolocalização é uma ferramenta fundamental para quem deseja ter  uma estratégia de mobile marketing de sucesso, pois ela trará informações muito importantes dos usuários do seu App. E, em tempos de novas leis sobre privacidade de dados como a LGPD, e também de mais atenção dos consumidores sobre esse tema, as empresas devem ter um cuidado extra em relação a este tema.

Por conta disso, resolvi reunir neste texto o que considero essencial sobre geolocalização como os principais conceitos, como é gerada, suas aplicações e limitações para ajudar quem deseja aumentar o engajamento do seu aplicativo. Confira!

O que é Geolocalização?

Geolocalização é o ponto no qual os usuários se situam ou estavam situados. São as famosas coordenadas “latitude” e “longitude”: os dois números que combinados descrevem qualquer lugar na superfície do planeta.

Como a localização é gerada?

Em smartphones, os dados de geolocalização tem 3 origens possíveis: triangulação de antenas, proximidade com uma rede wi-fi e GNSS (GPS).

Triangulação é a técnica de usar a distância do aparelho até as 3 antenas de celular mais próximas para estimar a localização. Atualmente a precisão desse método é baixa, mas tende a melhorar com a chegada da rede 5G.

O método via wi-fi é baseado nos sistemas operacionais dos celulares que identificam qual a localização do ponto de acesso wi-fi. Quando o celular conecta um ponto conhecido, o aparelho recebe essa localização.

O último é o GNSS, sigla em inglês para Sistema de Satélite de Navegação Global. Antigamente o único sistema GNSS que existia era o americano GPS. A precisão para usos civis era limitada a cerca de 3 metros, mas devido a outras limitações (o tempo, prédios em aglomerações urbanas, etc), na prática a precisão era muito menor, podendo ter erros de dezenas e até centenas de metros. No entanto, nos últimos anos os celulares passaram a vir equipados com antenas de recepção dos sistemas russo (o GLONASS), chinês (Compass ou Beidou-2) e com o europeu (Galileo). Combinando esses sistemas paralelos de GNSS, a precisão pode chegar a menos de um metro dependendo de condições atmosféricas e de construções no entorno.

Como o dado é coletado?

A Flowsense utiliza a ferramenta padrão dos sistemas operacionais Android e iOS para a coleta de dados de localização. Isso garante a qualidade do dado, pois ele é gerado a partir de algoritmos desenvolvidos pelo Google e pela Apple, e garante também que o dado foi coletado de maneira consentida pelo usuário, já que esse tipo de coleta exige uma janela chamando a atenção do usuário para um pedido explícito de permissão.

O que fazer com esse tipo de dado?

As vantagens de se utilizar esse tipo de informação na busca de uma comunicação mais relevante e contextualizada para o usuário é evidente: usando os benefícios que o aplicativo pode trazer em determinado momento e local para chamar a atenção do usuário, o engajamento tende a ser muito mais alto e entregar muito mais valor. O aplicativo pode sugerir opções com ofertas ou descontos nos entornos, ou enviar uma mensagem que só faz sentido para usuários que trabalham em determinada região, ou até mesmo configurar uma tela ou funcionalidade baseado na região onde o usuário mora. Tudo que pode afetar a experiência do usuário no mundo físico, fora da telinha do celular, fica disponível como parte da experiência.

Para quem quer se aprofundar mais nesse tema, temos outros artigos em nosso blog como este que explora como o push geolocalizado pode melhorar o engajamento do seu app.

Riscos e limitações

Ao mesmo tempo em que essa ferramenta abre muitas portas, ela também exige muito cuidado: a informação de onde está um usuário, ou por onde ele passou, é um dado extremamente sensível e pode revelar informações que esses indivíduos não gostariam que fossem divulgadas. Por isso, os sistemas operacionais exigem um aviso muito explícito e bem detalhado de quais razões levam um aplicativo a pedir isso. E, se não houver um bom motivo, a tendência é que o pedido seja rejeitado pela grande maioria dos usuários. Por outro lado, caso os usuários confiem na marca e vejam vantagem na razão oferecida para a coleta (e com a LGPD, usar o dado para outra razão não consentida será ilegal), o número de usuários do app que dá o aceite tende a ser alto.

Conclusão

O contexto geográfico dos usuários de um aplicativo é uma ferramenta poderosa para ter uma comunicação contextualizada, enviando mensagens relevantes que levam em consideração as vantagens que o aplicativo pode oferecer nas redondezas. Por outro lado, o acesso a esse tipo de informação permite uma série de abusos e os usuários estão cada vez mais cientes disso, ainda mais sob a vigência da nova lei de proteção de dados, a LGPD. Por isso, é muito importante utilizar esse recurso estratégico de forma responsável e efetiva.

Se você ainda tem dúvidas ou quer saber mais sobre este tema, pode deixar o seu comentário aqui ou então marcar um bate-papo com a gente!

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